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Programa da Itaipu pode fazer Hospital Binacional tornar realidade na fronteira

Programa da Itaipu pode fazer Hospital Binacional tornar realidade na fronteira

Ricardo Ojeda

As universidades têm sido a grande movimentação econômica da fronteira com o Paraguai. Milhares de estudantes do curso de medicina são atraídos por mensalidades de preço justo e melhores estruturas das faculdades.

A Universidade Central Paraguai (UCP), possui duas unidades, sendo uma em Pedro Juan Caballero e outra na Ciudade Del Este. O criador do curso de Medicina da universidade, Carlos Bernardo, que disse que tem realizado reuniões para buscar parcerias com a intenção tornar realidade o Hospital Binacional, na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.

O polo universitário de Pedro Juan Caballero já soma várias universidades e 90% dos universitários cursam medicina e 98% deles são brasileiros. O hospital Binacional visa atender a população dos dois países. Uma ideia que Carlos Bernardo diz ser o inventor está se tornando realidade.

MUNICÍPIOS BENEFICIADOS PELA ITAIPU

No último dia 18, a Itaipu Binacional lançou oficialmente, o programa “Itaipu Mais que Energia”, maior iniciativa de apoio a projetos sociais, ambientais e de infraestrutura da história da empresa. Por meio do programa, serão repassados R$ 931,5 milhões aos 399 municípios do Paraná e mais 35 do Mato Grosso do Sul, num total de 434 municípios, beneficiando 11 milhões de pessoas em 200 mil quilômetros quadrados.

A Caixa Econômica Federal (CEF) será parceira do programa, por meio de um convênio que tornará mais simples e transparente o repasse dos investimentos para as prefeituras e instituições. A Ordem de Serviço foi assinada pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, Énio Verri, acompanhado do vice-presidente da Caixa, Marcelo Bomfim, durante a cerimônia de lançamento, que reuniu mais de mil pessoas, incluindo cerca de 300 prefeitos e representantes de todos os municípios contemplados.

BUSCANDO PARCERIAS

Bernardo participou do evento juntamente com outras autoridades em busca de parcerias para conseguir construir o hospital na fronteira. Nesta terça-feira (22), ele viaja para Brasília (DF), onde vai encaminhar o projeto aos gabinetes de vários políticos. No mês de setembro devem acontecer reuniões para debater parcerias e assim, colocar em prática a ideia da construção do Hospital Binacional.

A unidade visa contemplar pessoas na faixa de fronteira entre o Paraguai e o Brasil, assim como já ocorre com a unidade hospitalar existente na região de Foz do Iguaçu e Ciudad Del Este, construída na década de 1970 para atender os trabalhadores da construção da hidrelétrica de Itaipu e seus familiares e hoje faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS) com assistência de pronto-atendimento e atendimento hospitalar de alta complexidade para brasileiros e paraguaios.

HOSPITAL ESCOLA

Além disso, o CEO explica que o hospital Binacional poderia funcionar como hospital escola para os milhares de estudantes universitários que cursam medicina em Pedro Juan Caballero e outras cidades paraguaias que encontram dificuldade quando precisam fazer internato e residência médica. A medida também iria tornar Ponta Porã e Pedro Juan Caballero uma referência no tratamento médico em toda a região.

Milhares de estudantes estão procurando as universidades paraguaias para conseguirem realizar o sonho de cursar medicina. A UCP, emprega 750 pessoas. Com cursos presenciais e a distância, a faculdade atende estudantes brasileiros, paraguaios, argentinos, africanos e de todo o planeta.

U$ 10 MILHÕES POR MÊS SÃO ‘INJETADOS’ NA ECONOMIA

Os estudantes fizeram a educação se tornar a terceira maior economia da fronteira, ficando atrás apenas do comércio e do agronegócio. Carlos Bernardo destaca que o setor imobiliário tem crescido rapidamente e que os aproximadamente 12 mil alunos que cursam medicina em Pedro Juan Caballero movimentam U$ 10 milhões de dólares mensalmente na economia local.

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