Apesar do intenso trabalho desenvolvido pelo setor de investigações da Polícia Civil de Ponta Porã, através do 1º DP, não há um “ponto de partida” para elucidar o misterioso caso do furto de corpos no cemitério municipal “São Vicente de Paula”, ocorrido no último fim de semana, entre a noite de sábado (18) e a madrugada de domingo (19).
O crime foi descoberto por volta das seis horas da manhã do domingo.
O caso provocou espanto. Os corpos de um bebê natimorto e de uma adolescente de 11 anos foram retirados do túmulo e levados.
O espanto é maior ainda quando a polícia divulgou que a cabeça da menina foi encontrada enrolada em uma camisa próximo ao túmulo onde o corpo estava sepultado, indicando que supostamente os corpos foram retirados da urna mortuária, o que torna o caso ainda mais macabro.
As famílias estão assustadas e sem saber o que fazer ou falar. Familiares da adolescente disseram que procuraram informações junto à Polícia Civil, mas a única coisa que ouviram foi que não haviam novidades no caso.
“Não temos problemas com ninguém, somos uma família de pessoas trabalhadoras, sempre vivemos de forma humilde”, disse familiar da adolescente.
A menina de 11 anos, portadora de necessidades especiais, faleceu no início do mês após uma crise de pneumonia.
Os dois corpos furtados estavam sepultados aos fundos do cemitério ´São Vicente de Paula´.
No bairro São Vicente de Paula, vizinho ao cemitério que leva o mesmo nome e ouviu dos moradores que frequentemente acadêmicos de medicina em Pedro Juan Caballero são vistos no campo Santo, caminhando no interior e conversando com os servidores que ali trabalham.
“Eles estão praticamente todos os dias pelo cemitério”, indicou uma dona de casa que pediu para não ser identificada por motivos óbvios.
“Eles veem com uniforme da faculdade, por isso sabemos que são os estudantes”, diz.
Outro morador diz que há muitos anos esses estudantes são vistos. “Não é novidade para nós, pois eles param para comprar algo nos comércios daqui do bairro”, cita, lembrando que já ouviu desses acadêmicos que compram cadáveres para serem utilizados nos estudos em suas faculdades.
A semana termina com as investigações na ´estaca zero´, praticamente.
A polícia ouviu servidores do cemitério e outras pessoas, mas não conseguiu levantar nenhum detalhe para elucidar o caso.
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