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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por intermédio da 2ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã – MS, deflagrou nesta quarta-feira, 12/07, a operação “4º Eixo”, que visa combater fraudes no Detran-MS. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário.
A operação foi realizada nas cidades de Ponta Porã, Dourados e Campo Grande. Em Ponta Porã foram cumpridos 6 mandados de busca e apreensão, entre eles na sede do Detran.
Entre os investigados estão o Ex-Diretor do Detran de Ponta Porã, um funcionário da ativa, que foi suspenso da função pública por ordem judicial, e três despachantes. Além de diversos documentos que estavam nos endereços alvos da busca, na casa de um dos investigados foram apreendidas munições em desacordo com a lei, sendo ele preso em flagrante delito por posse de munição de uso restrito.
Já na cidade de Dourados foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, sendo que em um deles foram apreendidos diversos armamentos, a priori, em desconformidade com a legislação, além de diversos documentos. Não houve prisão em flagrante porque o dono das armas não estava na casa, porém, será realizada investigação para verificar a procedência do armamento apreendido.
Na cidade de Campo Grande foi cumprido um mandado de busca e apreensão, sendo apreendidos diversos documentos que poderão auxiliar na investigação.
A operação foi coordenada pela 2ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, com o apoio da Delegacia Regional de Ponta Porã, DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), DEFRON – Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira, 1ª Delegacia de Ponta Porã, Delegacia da Mulher de Ponta Porã, Delegacia de Polícia de Aral Moreira, 2ª Delegacia de Polícia de Dourados -MS e Perícia Criminal.
De acordo com a Delegada Elisangela Ferreira Cristaldo, titular da 2ª DP de Ponta Porã, a investigação iniciou após suspeita de inserção de dados no sistema do Detran, em que os investigados tentavam dar um ar de legalidade ao documento do veículo que realizava modificação ilegal, em especial nos casos de inclusão do 4ª eixo nas carretas. “Até o começo de 2022 não era permitido o acréscimo de 4ª eixo, e por isso os proprietários de caminhão modificavam a carreta, com intuito de aumentar a quantidade de carga, e faziam a modificação na documentação do veículo, inserindo no local de observação a modificação de 3º eixo para 4ª eixo, mas tudo de forma ilegal, sem realizar vistoria ou qualquer outro tipo de procedimento”, explicou a delegada.
Após 2022, com a mudança legislativa, ainda ocorreram inserção ilegal no sistema do Detran, mas agora realizavam as modificações nos documentos para 4º eixo sem realizar o processo para a modificação, que deveria ter vistoria pelo órgão, mudança do eixo assinada por um engenheiro, além de outros procedimentos para assegurar a segurança do veículo.
A operação “4º Eixo” tem ligação com a operação “Miríades”, pois existe um elo entre os funcionários de várias comarcas do Estado.