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Operação deflagrada nesta quarta-feira (12/7), cumpre mandados em agências do Detran (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande, Dourados e Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai.
A ação seria um desdobramento da operação Gravame, deflagra no dia 14 de junho, quando uma servidora foi alvo por receber propinas.
Nesta ação são cumpridos mandados contra servidores de pedidos e afastamento dos alvos.
Em uma das fases da operação foi descoberto um esquema de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistemas de informação do Departamento de Trânsito.
Conforme as investigações, que iniciaram há dois anos, uma servidora de Bela Vista é suspeita de receber propina para a realização de transferências irregulares de veículos.
Em nota emitida esta manhã, o Detran afirma que assim que teve conhecimento das irregularidades a Corregedoria fez toda a investigação em conjunto com a Polícia Civil.
“Mais uma vez o Diretor-Presidente do Detran-MS, Rudel Trindade, reafirma que não compactua com nenhum tipo de irregularidade praticada por servidores do órgão ou agente externo, e que os envolvidos devem ser punidos com o rigor da lei. Quanto aos servidores ativos do Departamento Estadual de Trânsito, além de responderem pelos atos no âmbito da investigação da Polícia Civil, serão submetidos a procedimentos administrativos”.
Entenda
As investigações revelaram que carros e caminhões de outros estados eram encaminhados para transferência de unidade da federação ou de propriedade na agência de Bela Vista e, em seguida, com a participação da servidora, tinham os cadastros alterados, mesmo sem nunca terem circulado e nem terem sido apresentados para vistoria.
Também foi constatada fraude na transferência de carretas para a inclusão do quarto eixo nas especificações do veículo, trâmite que, normalmente, depende até mesmo de um engenheiro e de aprovação pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
Servidora movimentou mais de R$ 200 mil
A polícia descobriu ainda que durante oito meses a servidora movimentou mais de R$ 200 mil e recebido pouco mais de R$ 30 mil como remuneração no mesmo período.
Além da servidora, são alvos dos mandados de busca e apreensão ao menos quatro despachantes suspeitos de enviarem valores para que a funcionária realizasse os procedimentos ilegais.
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