Instituição deu prazo de 90 dias para documentos serem entregues, mas maioria sequer tem processo cadastrado junto ao MEC PY.
Grupo de aproximadamente 200 formados em medicina da faculdade Uninter, unidade Pedro Juan Caballero, vivem dias de intensa aflição misturada com preocupação e medo por conta da demora na entrega dos diplomas da conclusão do curso de medicina.
A novela imposta pela instituição aos então alunos e hoje médicos formados é singular, pois impõe incertezas sem saber quando receberão o documento de comprovação da conclusão do curso de medicina e pior ainda, se receberão a tempo de encaminhar documentos para atuar na profissão escolhida.
Além disso, o diploma é documento primordial para cursos e provas dentre os quais também realizar Revalida e inscrever no programa `Mais Médicos´ mantido pelo governo brasileiro.
Nesta semana, após receber denúncias como aliás em anos anteriores, o PONTAPORAEMDIA esteve na sede da Uninter em Pedro Juan e após aguardar por mais de duas horas na sala de recepção da vice-reitora, Dra. Estela Torres, a reportagem foi atendida pela responsável pelo curso em Pedro Juan Caballero.
A instituição tem a sede matriz em Ciudad del Este, sendo que Pedro Juan Caballero é filial, portanto todo e qualquer encaminhamento administrativo que não seja resolvido pela filial, segue para Ciudad del Este, onde além da demora, existe toda uma burocracia para atender as demandas da clientela.
A vice-reitora (vice decana como se chama no Paraguai) atendeu a reportagem assim que chegou de viagem de Ciudad del Este.
A primeira justificativa que apresentou foi que assumiu o cargo há cerca de um mês e estava tomando ciência da situação, para depois afirmar que a instituição supostamente não tem responsabilidade direta pela liberação de documentos junto ao Ministério de Educação do Paraguai, deixando no ar que a Uninter supostamente preocupa-se em acompanhar os procedimentos para a entrega dos diplomas a seus então alunos.
Imediatamente a pro-reitora, Estela Torres, visivelmente para mostrar que vem acompanhando caso a caso cada um dos formados no trâmite junto ao MEC, abriu o notebook acessando o site do MEC e mostrando as movimentações.
Ela alega que há uma seleção prévia por parte do Ministério de Educação para o encaminhamento dos documentos, mas é a instituição encarregada pelo envio dos processos de cada formado.
De acordo com as queixas apresentadas, a Uninter trabalharia com um “critério” interno de seleção que privilegiaria os que conseguem pagar “algo a mais” para agilidade no trâmite do processo.
A pró-reitora Estela Torres garantiu ao PONTAPORAEMDIA que todos os processos devem estar prontos e os diplomas sendo entregues até a primeira quinzena de julho.
“Creio que até o início do próximo mês, talvez um pouco mais, já teremos boas novidades”, disse a pró-reitora da Uninter Pedro Juan Caballero.
Enquanto isso, os formados da fronteira e também de outras cidades e Estados vivem dias angustiantes sem saber ao certo quando terão o diploma em mãos.
A conclusão do curso ocorreu em março último. Em fevereiro, os então acadêmicos concluíram o estágio em unidades hospitalares, apresentando todas as documentações e passando pelo exame final onde foram aprovados.
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