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´Maníaco da Cruz´, que esteve recluso em Ponta Porã, continua sob intervenção judicial

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Dyonathan Celestrino, conhecido como ´maníaco da cruz´ continua internado. Ele passou recluso em Ponta Porã na UNEI e durante o período chegou a fugir da unidade de internação.

Em decisão do começo do mês, a Justiça Estadual manteve a internação compulsória de Dyonathan Celestrino, hoje com 31 anos de idade. Conhecido como “maníaco da cruz”, ele assassinou friamente três pessoas em Rio Brilhante no ano de 2008, quando ainda tinha 16 anos de idade.

A alcunha lhe foi creditada diante da forma como deixava o corpo das vítimas: braços abertos e pernas juntas.

Desde então, ano após ano, ele é reavaliado sobre possível cessação de periculosidade. Entretanto, até agora, nenhum psiquiatra forense que o avaliou atestou que Dyonathan estaria apto para voltar ao convívio social.

Laudo de janeiro deste ano indicou que ele possui “características que contemplam critérios diagnósticos para transtorno de personalidade antissocial comórbido com transtorno de personalidade limítrofe (borderline) e características do cluster b dos transtornos de personalidade erráticos, dramáticos e impulsivos”.

Ação de 2011 da 1ª Vara Cível de Ponta Porã decretou a interdição de Dyonathan e a mãe foi nomeada como sua curadora. Na ocasião, foi definido que ele possuía “doença mental, e não tem condições de exercer pessoalmente os atos da vida civil”.

Mais tarde, em 2018, nova avaliação indicou psicopatia e total capacidade de ser responsabilizado por seus atos.

CRIMES

Dyonathan Celestrino ficou nacionalmente conhecido como ‘Maníaco da Cruz’.

Em julho de 2008, com apenas 16 anos, ele foi identificado como o autor de diversos crimes, pois matava pessoas que julgava ‘impuras’.

O primeiro crime aconteceu no dia 2 de julho de 2008, na cidade de Rio Brilhante, distante a 161 quilômetros de Campo Grande.

Dyonathan fez de Catalino Gardena, 33 anos, a primeira vítima. O pedreiro, que era alcoólatra, foi morto por Dyonathan em um terreno baldio e o corpo deixado em forma de cruz.

Pouco mais de um mês do primeiro crime, Dyonathan fez a segunda vítima, Letícia Neves de Oliveira, 22 anos.

O corpo de Letícia, que era homossexual, foi encontrado no cemitério da cidade. Assim como o corpo de Catalino, o da jovem também estava em sinal de cruz.

No dia três de outubro, Dyonathan matou a adolescente Gleice Kelly da Silva, 13 anos. O corpo da menor foi encontrado seminu, também em formato de cruz, em uma obra.

Entre o segundo e o terceiro assassinato, Dyonathan quase fez mais uma vítima. A vítima, que era mulher, chegou a ser abordada pelo maníaco.

Depois de uma série de perguntas, como se ela era virgem ainda e se já tinha namorado alguma vez, o assassino julgou a vítima como pura e a liberou.

Prisão

Após investigações, Dyonathan foi identificado e apreendido dias após o terceiro crime. O maníaco foi encaminhado para a Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã.

No local ele permaneceu até 2013, quando fugiu.

Fuga

Dyonathan fugiu da Unei no dia três de março de 2013 e foi localizado no dia 27 de abril do mesmo ano na cidade de Horqueta, no Paraguai.

Durante o tempo que passou foragido, o medo se espalhou novamente em todo o Mato Grosso do Sul, principalmente na cidade onde o maníaco fez as vítimas.

Transferido para Campo Grande

Quando completou 21 anos, Dyonathan ganharia a liberdade, porém laudos médicos apontaram que ele não poderia ser reinserido no convívio social pois poderia voltar a cometer assassinatos.

Ele foi transferido para Campo Grande e hoje ocupa uma das celas do Presídio de Segurança Máxima.

No decorrer da internação, ele chegou a ameaçar um agente penitenciário com um garfo e também fez greve de fome.

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