Após três anos, o empresário Fahd Jamil, 83 anos, poderá voltar a residir em sua mansão em Ponta Porã, localizada a 323 quilômetros de Campo Grande. A decisão foi tomada pelo juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande.
A mansão, conhecida por sua opulência e comparada à “Graceland” de Elvis Presley, simboliza o poder do chamado “Rei da Fronteira”. Fahd Jamil, acusado de ser líder de uma das organizações criminosas mais influentes do Estado, havia sido preso preventivamente na 6ª fase da Operação Omertà e se entregado à Polícia Civil em abril de 2021. Desde então, estava em prisão domiciliar, inicialmente em um apartamento em Campo Grande e depois em hospitais de Campo Grande e São Paulo.
O pedido para retornar à Ponta Porã foi aprovado pelo juiz, que destacou que Jamil, atualmente com problemas de saúde graves, estava acamado e havia perdido a esposa recentemente. O magistrado observou que não houve descumprimento das medidas cautelares e que Jamil não representava mais risco de fuga ou liderança criminosa, dado seu estado de saúde e a conclusão da instrução penal da Operação Omertà.
Apesar da oposição do Ministério Público, que argumentou que Jamil poderia potencialmente retomar atividades criminosas, o juiz determinou que ele poderia retornar à sua residência, com a condição de manter as medidas cautelares ainda em vigor.