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De narcotraficante de Ponta Porã, a ex-presidente da Nissan: conheça brasileiros procurados pela Interpol

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Homicídio, tráfico de drogas, associação criminosa, roubo, porte ilegal de armas, estupro, fraude, lavagem de dinheiro. Os criminosos da famosa lista “Difusão Vermelha” da Interpol são procurados por diversos crimes. A organização internacional reúne 194 países-membros, inclusive o Brasil, e tem como função conectar as agências policiais em todo o mundo.

Os avisos vermelhos são alertas máximos emitidos pela Interpol a pedido de um país-membro para foragidos com acusações ou em cumprimento de pena, isto é, que já foram condenados. Os procurados podem ser presos provisoriamente pelos órgãos de segurança de qualquer país.Atualmente, há 6.949 pessoas citadas na Difusão Vermelha, sendo 99 brasileiros. São 89 homens e 10 mulheres. As idades dos criminosos variam de 23 a 75 anos. De acordo com os dados da Interpol, o Brasil é o 8° país com o maior número de procurados. Confira o histórico criminal de alguns brasileiros:

Heloísa Gonçalves Duque Soares Ribeiro, de 73 anos, ficou conhecida pela alcunha de “Viúva Negra”. Ela é acusada de homicídios de ex-companheiros com objetivo de ficar com seus bens pessoais. No total, ela é procurada por quatro assassinatos e duas tentativas.

Segundo informações do Disque-Denúncia do Rio de Janeiro, Viúva Negra foi denunciada pela morte do marido Jorge Ribeiro e é a principal suspeita da morte do ex-namorado Wargih Murad, que descobriu seu passado suspeito, e do pedreiro que o acompanhava no momento do crime.

A mulher ainda é acusada de tentar matar o filho de Wargih, Eli Murad, com dois tiros na nuca, e de mandar matar o detetive contratado para investigar a morte do ex-namorado, Luiz Marques da Mota.

Ela já foi condenada a 4 anos e 6 meses pela Justiça do Rio pelos crimes de bigamia e falsidade ideológica, além de ter sido denunciada por fraudar o INSS. Esses são alguns dos crimes que Heloísa está envolvida.

O ex-presidente da Renault e da Nissan, Carlos Ghosn Bichara, também integra o quadro de procurados pela Interpol. O empresário franco-brasileiro, de 69 anos, é acusado de apropriação indébita de recursos corporativos e lavagem de dinheiro.

Em 2018, Ghosn chegou a ser preso em Tóquio por declarar somente cerca de metade da sua renda de 10 bilhões de ienes (88 milhões de dólares) que obteve ao longo de cinco anos chefiando a Nissan.

Quando obteve liberdade condicional enquanto aguardava o julgamento do processo, o executivo conseguiu fugir em um jatinho para o Líbano.

A justiça francesa também investiga pagamentos de quase 15 milhões de euros considerados suspeitos entre a aliança Renault-Nissan e o distribuidor da montadora francesa em Omã, Suhail Bahwan Automobiles. Em abril de 2022, um mandado de prisão internacional contra Ghosn foi expedido.

Silvana Seidler, de 56 anos, também está na lista da Difusão Vermelha. A mulher é procurada pelo assassinato da própria filha Carol Seidler Calegari, de apenas 7 anos, na cidade de Tubarão (SC), em 2014. A menina foi asfixiada.

O corpo da menina foi encontrado dentro de uma caixa em um quarto, na casa em que as duas moravam, após a mãe ter afirmado para toda a família que a pequena Carol tinha desaparecido. Na época do crime, Silvana era divorciada.

Quando a Polícia Civil se aproximava de descobrir a localização do corpo, Silvana conseguiu despistar os investigadores e fugir. Desde então ela não foi mais vista pelas autoridades. Na época, testemunhas disseram à polícia que Silvana sofria de depressão depois do fim do casamento.

O homicídio lidera o ranking de crimes mais praticados pelos brasileiros procurados pela Interpol, segundo levantamento do R7. ilcilene Carlos Rodrigues, de 48 anos, integra esse grupo. Ela é apontada como a mandante do assassinato de Andressa Kristiny da Silva, namorada de seu ex-marido, em fevereiro de 2007, em Goiás.

De acordo com o TJGO (Tribunal de Justiça de Goiás), o homem mantinha relacionamento com ambas mulheres, por isso Gilcilene – também conhecida como “Lelinha” – passou a ameaçar Andressa.

A procurada contratou dois homens para executar a vítima. Um dos criminosos ficou responsável por obter a arma de fogo, que seria usada no dia do crime, em troca de R$ 300. Enquanto o outro foi o executor. Ele fingiu ser um entregador de flores e atirou em Andressa pelas costas.

Entre os 99 brasileiros listados na Difusão Vermelha, 22 são procurados no mundo pelo crime de tráfico de drogas. Este é o segundo crime mais cometido pelos criminosos, como é o caso de Carlos Alberto Iturbe Ferreira, de 48 anos.

O narcotraficante nasceu em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, no Paraguai. As cidades integram, justamente, uma importante rota de tráfico de drogas para as organizações criminosas como o PCC.

Fluente em português, espanhol e guarani, Carlos Alberto foi condenado por chefiar um esquema de tráfico entre o Brasil e o Paraguai, usando mulheres como mulas na região da fronteira.

Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos, de 50 anos, é uma das 10 brasileiras procuradas pela Interpol pelos crimes de organização criminosa e homicídio qualificado.

Em 2018, ela foi denunciada pelo MPCE (Ministério Público do Ceará) por participação na morte de líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital): Rogério Jeremias de Simone, mais conhecido com “Gegê do Mangue” e Fabiano Alves de Souza, o “Paca”.

Os traficantes foram assassinados a tiros em uma emboscada na reserva indígena de Aquiraz, a 30 quilômetros de Fortaleza, após desceram de um helicóptero, em fevereiro de 2018. Segundo o MPCE, Maria Jussara e o filho, Jefte Ferreira Santos, eram responsáveis pela logística, efetuando pagamentos, fazendo reservas de hotéis entre outras atividades de apoio à facção.

R7

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