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95% dos estudantes do curso de medicina nas universidades paraguaias são brasileiros que movimentam milhões de reais mensalmente na fronteira.
Ao se tornar um polo de educação superior, a fronteira do Brasil com o Paraguai atrai uma nova população disposta a consumir produtos e serviços dinamizando novos e velhos setores da economia local. Pelo menos 20 mil estudantes cursam em faculdades de Pedro Juan Caballero e Zanja Pytá.
Facilidade de acesso e mensalidade até dez vezes mais barata atraem milhares brasileiros que hoje estudam Medicina no Paraguai. Com a demanda crescente, novas instituições de ensino se preparam para se instalar na cidade na região – que fica na divisa com Ponta Porã, no Brasil –, enquanto universidades já estabelecidas ampliam suas unidades.
O alto investimento necessário para estudar Medicina em faculdades particulares brasileiras, aliado à concorrência grande dos processos seletivos em universidades públicas do País, ajudou a popularizar a alternativa paraguaia.
As cidades de Pedro Juan Caballero e Zanja Pytá já somam 12 unidades. 90% dos universitários cursam medicina e 95% deles são brasileiros. A Universidade Central do Paraguai que tem 6 mil alunos diz que os estudantes movimentam toda a economia local.
Setores como imobiliário, comércio de bares e restaurantes são os que mais lucram com os universitários. Quando os estudantes saem de férias, as vendas de passagens aéreas também disparam na cidade de Ponta Porã, que diariamente tem voos diretos a Campinas (SP).
Mesmo com os alunos de férias, o setor imobiliário continua lucrando, já que as casas seguem sendo alugadas. As universidades também realizam convênios com os municípios paraguaios da fronteira, levando saúde a pessoas carentes e desafogando os hospitais locais.
A Universidade Central possui cinco clínicas, sendo que uma delas atende 200 pessoas diariamente, facilitando o atendimento rápido para a população e ao mesmo tempo ajudando o Poder Público no setor da saúde.
O setor educacional deu um ‘boom’ nos últimos dez anos na região da fronteira do Brasil com o Paraguai, se tornando a terceira maior economia das cidades, ficando atrás apenas do turismo de compras e agropecuária.
A Universidade Central do Paraguai possui cinco clínicas, sendo que uma delas atende 200 pessoas diariamente
Gerando milhares de empregos e um setor que não para de crescer, em breve, a região vai ter mais uma universidade com o curso de medicina. Desta vez, o município que deve abrigar novos estudantes é Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.
Além de terem valores mais acessíveis, as Universidade Central, por exemplo, oferecem uma megaestrutura para os estudantes conseguirem estudar. A faculdade possui atendimento psicológico 24h por dia.
Além dos acompanhamentos psicológicos, as alunas da universidade conseguem ter acesso a um berçário. Isso mesmo, os filhos ficam sendo cuidados enquanto as mães estudam. No momento da amamentação as crianças podem ficar dentro das salas de aula. A faculdade também possui restaurante universitário.
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