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OPERAÇÃO FIM DA LINHA – Cerca de R$ 1 milhão em espécie é apreendido em imóvel de ‘laranja’ investigado em operação
Um dos 71 alvos de mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, por meio de operação desencadeada nesta quarta-feira (7), armazenava cerca de R$ 1 milhão em espécie em um imóvel.
O dinheiro foi apreendido pela Polícia Civil em Ponta Porã. A ação faz parte da quarta fase da operação “Fim da Linha do Oiapoque ao Chuí”.
Segundo as investigações, pessoas físicas e jurídicas, como no caso da apreensão em Ponta Porã, atuavam como “laranjas”.
O esquema criminoso que chegou a movimentar aproximadamente R$ 400 milhões – visava “lavar” o dinheiro acumulado por meio do tráfico de drogas e outros crimes.
Mandados judiciais estão sendo cumpridos simultaneamente em 22 estados da federação e no Distrito Federal.
Ao todo, são 403 mandados de busca e apreensão, quatro prisões preventivas, além busca e apreensão de 187 veículos, sete embarcações e nove aeronaves.
Ainda, outros 86 veículos com gravame e indisponibilidade, bloqueio de contas bancárias de 188 de investigados, sendo pessoas física/jurídicas e 42 imóveis com gravame e indisponibilidade.
Os mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, estão acontecendo em Dourados, Ponta Porã, Campo Grande, Amambai, Caarapó, Bela Vista, Corumbá, Nova Andradina, Coronel Sapucaia e Três Lagoas.
A investigação conta com apoio do Ministério de Justiça e Segurança Pública, vinculado à Operação Hórus que é uma operação permanente dos Guardiões da Fronteira, visando coibir crimes fronteiriços em todo território nacional.
Estão sendo empregados aproximadamente 1,3 mil policiais civis.
Em Dourados, os policiais civis do Rio Grande do Sul contam com o apoio de equipes 1º e 2º Distrito Policial da cidade, além de policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) das duas delegacias.
Início das investigações
As investigações começaram no ano de 2021 visando desmantelar organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas, contrabando de cigarros e armas em diversas regiões do Estado do Rio Grande do Sul.
Diversas ramificações desta Organização Criminosa foram identificadas, sendo possível comprovar que muitos criminosos comandavam o comércio ilícito de drogas de dentro do sistema prisional, com vinculação, num primeiro momento, à duas das facções criminosas do país: uma com braço forte no Rio Grande do Sul e outra em São Paulo.
As investigações culminaram em várias ações penais em diversas Comarcas do Estado, todas visando investigar as subdivisões desta organização criminosa.
No curso dos trabalhos, foi identificado o líder da célula desta organização criminosa que comandava o tráfico na região norte do estado do Rio Grande do Sul.
Foram realizadas diversas diligências para verificar quem lhe fornecia as drogas, para quem ele as revendia, quem trabalhava para ele, quem transportava seu dinheiro e o dinheiro que dele repartia para as instâncias superiores da facção criminosa.