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PONTA PORÃ – Homem é condenado a 30 anos de prisão após matar ex-mulher e ex-sogra

No dia 4 de maio de 2021, um terrível episódio de violência chocou a cidade de Ponta Porã, no sul do estado, quando Antônio Cesar Cavalheiro Soares, de 30 anos, assassinou a tiros sua ex-mulher, Naila Vitória Rodrigues, de apenas 20 anos, e em seguida, sua ex-sogra, Erika Rodrigues Salomão, de 39 anos. Os crimes aconteceram durante a manhã, quando Naila estava chegando ao trabalho no Hospital Regional (HR) da cidade.

Após o duplo assassinato, o suspeito conseguiu fugir e se refugiou no vizinho país, Paraguai, onde permaneceu foragido até o dia 1º de fevereiro de 2022. Nessa data, as autoridades paraguaias o expulsaram oficialmente e ele foi entregue aos policiais civis no Departamento de Migrações, em Pedro Juan Caballero. Após prestar depoimento na delegacia, ele foi encaminhado ao presídio, onde aguardou até o dia 16 de maio de 2023, data em que ocorreu o julgamento pelos crimes de duplo feminicídio.

A primeira vítima, Naila, era técnica de enfermagem e foi abordada pelo suspeito na porta do hospital, onde foi brutalmente assassinada a tiros. Poucos minutos depois, o assassino se dirigiu ao Mercado Sol, onde trabalhava a mãe de Naila, Erika, e cometeu o segundo assassinato.

De acordo com as investigações iniciais, um familiar relatou que a jovem entrou em contato com a polícia no dia 1° de abril, denunciando uma briga recente com o ex-marido. Como o casal tinha um filho de apenas cinco meses, surgiram rumores de que o suspeito também planejava matar a criança, o que mobilizou rapidamente a polícia para protegê-la. No dia dos crimes, Naila chegou a entrar em contato com um parente do assassino, pedindo ajuda, pois estava sendo ameaçada e perseguida diariamente, demonstrando que o agressor não aceitava o fim do relacionamento.

Condenação

Após o julgamento, que ocorreu na tarde de ontem, Antônio Cesar Cavalheiro Soares foi condenado a 15 anos de prisão por cada vítima, considerando as qualificadoras de pena por feminicídio e impossibilidade de defesa das vítimas, totalizando uma pena de 30 anos de reclusão. A sentença representa um passo importante na busca por justiça para as vítimas e suas famílias, trazendo um alívio parcial para a comunidade abalada pelos terríveis crimes.

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