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Homem é fuzilado em bairro de Ponta Porã

A guerra sem controle travada pelo crime organizado na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai fez mais uma vítima na tarde desta terça-feira (22). Joaquim Vinicius Miranda Borges, 28, o “Galo”, foi fuzilado e teve a cabeça destroçada por tiros em Ponta Porã.

Ele conduzia uma BMW 320i branca com placa brasileira quando foi atacado a tiros. Joaquim tentou fugir, mas perdeu o controle da direção e o carro parou no meio-fio. Em 2018, Joaquim tinha sido preso após troca de tiros com policiais e era suspeito de ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

O corpo ficou distante alguns metros do veículo, em terreno baldio, no Bairro Ipê I. Ainda não há informações se a vítima foi arrancada da BMW pelos pistoleiros e executado ou se ele desceu para tentar fugir e foi alcançado e morto.

A cena do corpo com a cabeça espatifada por tantos tiros causou espanto às pessoas que se aproximaram, apesar de a cena ser comum tanto em Ponta Porã quanto em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma rua do território sul-mato-grossense.

Morto na fronteira tinha sido preso com a mãe, guardando arsenal do PCC

Joaquim Vinicius Miranda Borges, 28, o “Galo”, que teve a cabeça destroçada por tiros de fuzil na tarde desta terça-feira (22) em Ponta Porã, tinha sido preso com a mãe, em 11 de março de 2018, guardando arsenal pertencente à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Na casa em que ele morava com a mãe, na Rua Tamareira, no Residencial Ponta Porã, foram encontrados um fuzil AK-47 calibre 7,62 com três carregadores com capacidade de 30 tiros cada um e uma pistola Clock com dois carregadores – um para 16 tiros e outro estendido, para 30 disparos. Na casa também foram apreendidos 74 cartuchos para fuzil 7,62.

A prisão de Joaquim e da mãe dele foi feita por equipes da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul que integravam a força-tarefa montada para investigar a execução do policial Wescley Vasconcelos, ocorrida cinco dias antes em Ponta Porã.

Durante as investigações, os policiais descobriram que a casa de Joaquim era usada para guardar armas da facção criminosa. Segundo o processo judicial, bandido detido para depoimento tinha revelado a informação à polícia com a condição de não ser envolvido oficialmente no caso, temendo ser morto por Joaquim Vinicius Miranda Borges.

Na casa de Joaquim e da mãe dele também estavam outros integrantes da facção. Ronei Marques de Souza esboçou reação e foi morto com um tiro disparado por um dos policiais. Kleber Rodrigues da Silva se entregou sem reação, mas na delegacia tomou a arma de um policial e chegou a disparar três tiros antes de ser alvejado. Ele morreu no hospital.

No final de 2018, Joaquim Vinicius Miranda Borges foi condenado a três anos de prisão em regime semiaberto por posse do armamento. A mãe dele, que alegou não saber das armas, foi absolvida. Delton da Silva Santino, 57, o “Diabo Loiro”, também encontrado na casa, foi condenado a 4 anos em regime fechado.

Pai executado

O pai de Joaquim, Marcus Vinicius Borges, foi executado em Ponta Porã no dia 30 de outubro de 2008. Na época com 43 anos de idade, Marcus foi morto por pistoleiro dentro de escritório de contabilidade ao lado da prefeitura, no centro.

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